achava eu que o fogo estava controlado. mas não. ainda era cedo. bastou um soprozinho para que as brasas adormecidas voltassem a arder cheias de vigor e vida. todo o meu esforço de tentar evitar que o teu oxigénio provocasse uma reacção inflamável foi em vão. o oxigénio que dá vida, fez estragos. alimentou as brasas medonhas a que me começava a habituar e aquele calor infernal fez-me de novo sentir viva, desperta e intensa. as chamas iluminaram de novo caminhos a que eu tão custosamente fui resistindo. o caos voltou-se a instalar. não me estou a queixar. gosto da vivacidade que o ardor traz à minha alma. gosto até, de me sentir queimada, para depois sentir o alivio com algo apaziguador. mas, apesar de sentir tudo isto ser o que mais anseio, sei que neste momento, as brasas soalheiras são o melhor para o meu equilíbrio. controlar o fogo é necessário, mas necessário é também o teu oxigénio. porque antes um fogo caótico ou umas brasas mornas, do que umas cinzas frias e mortas por desvanecimento de algo que já deu tanta vida.
a natureza divagadora deste texto deve-se exclusivamente à tendência de devaneios madrugadores da autora. e agora vou dormir que daqui a duas horas vou fazer análises e tenho que tar desperta para conseguir fazer xixi num copo.
Revejo-me neste teu devaneio. Parabéns pelo blog!
ResponderEliminarobrigada andreia:)
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