quarta-feira, 6 de outubro de 2010

afinal não é parvoíce, é dislalia

quem me conhece e já conversou comigo percebe que eu tenho uma forma esquisita diferente de falar (e que não é só quando estou bêbeda). muitas vezes troco as silabas de duas palavras numa frase ("traz o farfo e a garca" = traz o garfo e a faca), outras vezes troco os fonemas ("o caro tinha segurro") ou então, às vezes acrescento sons a palavras. como quando digo ele ou ela, ninguém sabe se estou me a referir ao masculino ou ao feminino porque pelos vistos pronuncio os dois quase de forma idêntica. sempre pensei que fosse problema meu, e tentava justificar pelo facto de eu ser muito distraída e às vezes não me conseguir concentrar o suficiente para falar em condições (esta explicação toda só para não dizer que era por simples parvoive). mas hoje um amigo meu estava a fazer pesquisas para um trabalho sobre dislexia e descobriu que afinal eu tenho uma coisa com um nome muito engraçado. afinal eu tenho dislalia. agora quando disser alguma gaffe ridícula, ninguém pode gozar comigo porque já tenho desculpa. pena é que tenho quase a certeza que não vou conseguir dizar a palavra bem e vai sair algo como dislasia, dilalisa ou dislasia.

[quem convive comigo também sabe que eu uso expressões  sem sentido do tipo "vou ir à casa de banho" e "já são as quatro horas". podia justificar-me que é porque sou estrangeira e aprendi a falar português de forma intuitiva, mas já todos sabem que isto sim é por parvoíce].

1 comentário:

deita cá para fora