ele era o tipico bonzão; loiro, bonito, alto e com dentes perfeitos. ainda por cima era buéda radical e cool porque praticava bodyboard e só ouvia música alternativa e assim. eu era ingénua e parvinha e caí na cantiga dele, e ele nem precisou de se esforçar muito. lá andamos e coisa e tal, e às vezes a coisa não era nada bonita. principalmente quando as outras lhe comentavam o haifaibe e ele agradecia. mas eu como era ingénua e parvinha e estava apanhada, só via o que me convinha e a culpa era sempre delas, as porcas! claro que como todos os homens bonitos, também ele era um típico playboy e claro que eu só percebi isso quando já era tarde demais. ora, as coisas ficaram mesmo muito feias, ele desapareceu do mapa, do haifaibe, e do ém-és-e-én sem aviso e eu passei muito mal. chorei baba e ranho o dia todo, todos os dias, deixei a minha mãe e amigos preocupados e eu própria percebi que aquilo estava a acabar comigo. entretanto, conheci o trauma emocional 4# e lá recuperei a minha dignidade e voltei a ser feliz. um ano depois o falecido ressuscita e deu sinal de vida. liga-me para o telemóvel e fica todo ofendido por eu não reconhecer o número, já que o tinha apagado, obviamente. hoje voltei a falar com ele e fiquei um bocado preocupada porque ou ele de repente ficou bronco, ou então eu na altura era mesmo muito parvinha. é que não há outra explicação para eu ter andado com um gajo que usa o termo gata para se referir às mulheres e que faz piadas secas totalmente fora de contexto acerca do presidente da junta de freguesia.
Sem comentários:
Enviar um comentário
deita cá para fora