quinta-feira, 15 de novembro de 2012






quando era miúda e morava na aldeia detestava ir para o campo apanhar azeitona ou vindimar. fazia frete e reclamava porque tinha que acordar muito cedo e fazia muito frio e cabia a nós (a mim e ao meu irmão) fazer as piores tarefas. contudo, lá íamos nós de tractor ao solavancos a triturar de frio e de trombas. quando lá chegávamos queríamos fazer aquilo o mais rápido possível para despachar o trabalho e voltar para casa. depois fui morar para a cidade e considerei que uma das vantagens era deixar de ter que ir para o campo. agora, sempre que lá volto tento passar o maior tempo possível fora de casa para poder absorver todos os encantos da natureza e do campo e questiono-me muitas vezes se não seria mais feliz a viver da agricultura. adoro a minha terra particularmente nesta altura. ninguém imagina a paz que transmite as paisagens com o rio douro ao fundo com o sol a reflectir nas últimas folhas amarelas das videiras, o silêncio, o céu completamente estrelado e passear pelas ruelas da aldeia ao anoitecer com aquele cheiro típico a fogueira que vem das chaminés. considero-me uma privilegiada por ter sempre este lugar para poder sair da rotina, relaxar e carregar baterias e uma coisa é certa é para lá que vou regressar sempre.

2 comentários:

  1. agora fiquei a lembrar-me da tua aldeia, que fica no céu, é uma paz tal e qual transmitiste! quando somos miúdos não damos valor a determinadas coisas, agora já crescidos saboreamos os momentos todos. porque vives em extremos, numa cidade completamente eufórica onde tudo acontece e tens um cantinho praticamente só teu! és uma sortuda

    ResponderEliminar
  2. agora damos valor a coisas que antes detestavamos :)

    ResponderEliminar

deita cá para fora